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Processo contra a Google por rastreamento no modo anônimo avança

O processo em que a Google é acusada de rastrear usuários com o modo de navegação anônima ativado no Chrome está mais perto de ser julgado. O avanço no caso aconteceu na segunda-feira (7), depois que um tribunal da Califórnia, nos Estados Unidos, negou o pedido de julgamento sumário feito pela gigante da tecnologia.

Em sua decisão, a juíza Yvonne Gonzalez Rogers cita dúvidas não esclarecidas no aviso de privacidade do navegador, na tela inicial da janela anônima e na página de Ajuda. Segundo a magistrada, a empresa não informa como o modo opcional limita os dados armazenados ou o que o usuário pode fazer para controlar as informações compartilhadas.

“Tomado como um todo, existe uma questão passível de avaliação sobre se esses escritos criaram uma promessa executável de que o Google não coletaria dados dos usuários enquanto eles navegassem em particular”, citou Rogers. Ela também argumentou que os autores da ação possuem evidências do rastreamento feito pela big tech.

Conforme a juíza, os reclamantes podem provar que a companhia de Mountain View usa “logs mistos para enviar anúncios personalizados aos usuários e, mesmo que os pontos de dados individuais sejam anônimos por si mesmos, quando agregados, o Google pode usá-los para ‘identificar exclusivamente um usuário com alta probabilidade de sucesso’”.

Google se defende
Em contato com o The Verge, o porta-voz do Google, José Castañeda, contestou a decisão do tribunal californiano e disse que a empresa vai se defender contra todas as alegações. Ele ressaltou ainda aspectos da navegação anônima do Chrome.

“O modo de navegação anônima no Chrome oferece a opção de navegar na internet sem que sua atividade seja salva em seu navegador ou dispositivo. Como afirmamos claramente, cada vez que você abre uma nova guia anônima os sites podem coletar informações sobre sua atividade de navegação durante sua sessão”, declarou.

Google Anônimo: entenda como funciona o modo anônimo do Chrome
Iniciada em 2020, a ação coletiva pede US$ 5 bilhões em danos, o equivalente a R$ 24,4 bilhões pela cotação de hoje. O processo agora pode ter o julgamento iniciado ou resultar em um acordo entre a gigante da tecnologia e os autores.